O desgaste da democracia na Madeira e a falta de candidatos naturais a Belém
Passou mais uma semana desde o nosso último episódio e voltamos a ter o tema das eleições presidenciais em cima da mesa — tem havido novidades a um ritmo quase semanal. Desta vez, vamos falar de Paulo Portas que, de acordo com uma notícia do PÚBLICO, pondera concorrer a Belém. Já concorreu a presidente da Câmara de Lisboa, a primeiro-ministro e agora pode candidatar-se ao mais elevado cargo da nação. Pedro Adão e Silva referia-se a esta profusão de interessados como o "milagre da multiplicação de candidatos" e tentou justificar o milagre com a falta de um “candidato natural”. Começámos o ano com uma crise na Madeira, tivemos eleições pelo meio e tudo acaba da mesma forma: com uma crise política na Madeira. O Governo não tem orçamento e não tem a confiança da maioria, mas a oposição também não consegue fazer o seu caminho. O actual líder do PSD recusa demitir-se e acha que volta a ganhar se houver eleições. Que solução haverá para a Madeira? A conversa termina com o último debate quinzenal do ano e o Público & Notório.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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32:06
Bombeiros sitiaram Governo depois de terem sido toureados pelo Chega
O ano que teve quatro eleições na agenda — não parece possível, mas este ano tivemos eleições nos Açores, na Madeira, legislativas e europeias — aproxima-se do fim e já não temos muitas quintas-feiras pela frente. Hoje, há três temas no radar: dois são eleições, as presidenciais de 2026 e as autárquicas de 2025, o outro é bombeiros. No caso dos bombeiros, esta semana marcaram um protesto com grande grande visibilidade e que não obedeceu à regra de avisar as autoridades. Consequentemente, o Governo acabou por suspender as conversações e o primeiro-ministro recusou negociar sob coacção. Neste episódio, conversamos sobre o impacto do protesto no apoio popular e num futuro acordo. As presidenciais são um tema sobre o qual vimos opinando há várias semanas, mas sobre o qual também parece haver novidades a cada dia que passa. Desta vez foi Pedro Passos Coelho que achou por bem pôr-se fora da corrida. Mas será que é mesmo uma carta fora do baralho da política portuguesa? E Gouveia e Melo, que parece ser imbatível nas sondagens, vai baralhar assim tanto as contas? Finalmente, recordamos o caso de Ricardo Leão, o autarca do PS de Loures que falou em despejos “sem dó nem piedade” para quem não cumprisse certas regras sociais e juntamos-lhe o caso mais recente de Alpiarça, onde a autarquia socialista aprovou por unanimidade cortar apoios sociais a filhos cujos pais tenham sinais exteriores de riqueza. Que PS é este? Corremos o risco desta queda para o populismo nas autárquicas? O Chega contagiou definitivamente a política portuguesa? O episódio termina, como sempre, com o momento Público & Notório.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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32:06
A insegurança de Montenegro e a candidatura incontornável de Gouveia e Melo
As cerimónias do 25 de Novembro ficaram à margem deste episódio. Mas a declaração do primeiro-ministro, na quarta-feira, não. O que motivou Luís Montenegro? Quais eram os objectivos? Foram cumpridos? Talvez o primeiro-ministro tenha tentado apanhar a boleia das notícias do dia sobre a detenção de três indivíduos supostamente envolvidos no incêndio de um autocarro, em Loures, cujo motorista ficou ferido com gravidade. Talvez o primeiro-ministro tenha simplesmente falado para as forças de segurança. Se tinha um objectivo claro, não terá sido cumprido, porque não ficou claro na mente de todos. O primeiro-ministro de um dos países mais seguros do mundo quis tranquilizar os portugueses, mas mostrou-se (demasiado) preocupado com a segurança. Para segundo tema, escolhemos as presidenciais. A semana foi marcada pelo aparecimento de um novo putativo candidato (António José Seguro) e pelo interesse cada vez mais vincado de um velho pré-candidato (Gouveia e Melo). O xadrez das presidenciais está cada vez mais complexo. Finalmente, sobre o Orçamento do Estado, a votação final global aproxima-se sem se esperarem mais surpresas. É hora de registar os avanços e recuos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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24:51
O recorde orçamental, o revanchismo da direita e os salários dos políticos
O Parlamento não quer ser polícia da moda, os fantasmas do PREC que estão vivos, a semana política parecia que estava fraca, mas quando começámos a preparar este episódio, percebemos que tínhamos muito para falar. Um dos temas é o Orçamento do Estado que vai a votação final global na próxima semana. Já percebemos que o Governo provavelmente vai ser obrigado a aprovar algumas propostas de alteração impostas pela oposição e damos exemplos. Falamos também de outro tema relacionado com o Parlamento mas não com o Orçamento. A conferência de líderes deu início a uma discussão sobre o que podem ou não vestir as pessoas que estão nas galerias e acabou a discutir também as regras de indumentária dos deputados. Contamos essa história. E ainda falamos sobre a contra-revolução democrática que foi o 25 de Novembro, os cortes salariais dos políticos e a greve geral inédita para 6 de Dezembro em reacção a declarações do ministro da Presidência que salientou o mau desempenho de Portugal ao nível dos acidentes por quilómetro de ferrovia e acrescentou que o Governo aprovou um diploma para reforçar as contra-ordenações para os maquinistas “criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”. No fim, terminamos com o habitual momento Público & Notório.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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40:27
A ministra pára-raios e a “lapa” da Madeira
O Poder Público desta semana regressa ao caso da greve no INEM que durou uma semana e que provocou um pequeno terramoto político e social. Entretanto, houve uma dezena de mortes associadas aos atrasos na resposta de emergência e a ministra chamou a si a tutela do INEM, transformando a secretária de Estado em que tinha delegado a gestão do instituto numa espécie de pára-raios. Ao mesmo tempo, tornou-se ela própria num pára-raios do Governo. A oposição tem sido muito dura na avaliação que faz de Ana Paula Martins e até pede à sua demissão. Mas será que o estado a que o INEM chegou — os sindicatos dizem que faltam 1100 profissionais —, é responsabilidade apenas deste Governo? Fazemos um desvio para ir à Madeira. Seis meses depois das eleições, há uma nova crise no horizonte, motivada pelo facto de haver uma moção de censura que corre sérios riscos de ser aprovada depois do orçamento — a votação será a 17 de Dezembro. Mas tudo se precipitou porque foi noticiada uma nova investigação a membros do governo regional. No podcast desta semana, a editora da secção de Sociedade, Gina Pereira, junta-se à conversa com Sónia Sapage, David Santiago e São José Almeida.See omnystudio.com/listener for privacy information.