Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser
Isabel Lucas (parte 2): “A generosidade das pessoas adviria se todos percebêssemos o que está a acontecer com o clima no planeta”
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a jornalista e crítica literária Isabel Lucas, que fala da voragem da sociedade de consumo que consome a capacidade de escuta, de leitura, de reflexão e de olhar para os outros. Isabel é também crítica sobre a forma de gerir e pensar o jornalismo, lança novas questões e revela uma grande inquietação sobre o problema da crise climática no planeta, que parece ainda interessar pouco aos grandes poderes mundiais. E ainda partilha algumas das músicas que a acompanham. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
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54:54
Isabel Lucas (parte 1): “Andamos sem tempo para refletir, para ler e olhar para o outro, o tempo é uma voragem e andamos todos nela”
É uma das mais conceituadas jornalistas culturais portuguesas. Em 2016 Isabel Lucas percorreu 27 estados americanos, conheceu a América profunda e zangada — a que voltou agora a votar em Trump — e contou essa experiência no livro “Viagem ao sonho americano”. Depois andou pelo Brasil e assinou o livro “Viagem ao país do futuro”. Agora publica “Conversas com Escritores”, com entrevistas marcantes a alguns dos incontornáveis autores mundiais. Isabel, que é curadora do Prémio Oceanos de Literatura, tem um olhar crítico para o estado atual do jornalismo, base da democracia: “Em vez de encherem os jornais com mini notícias, invistam em grandes histórias, no que faz a diferença!” Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:12:22
Paula Cardoso (parte 2): “Não se combate fogo com fogo. O amor é a resposta para o que estamos a lidar no nosso quotidiano.”
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a apresentadora, cronista e fundadora da rede ‘Afrolink’, Paula Cardoso que considera o antirracismo um ato de amor para a Humanidade, e dá conta de como o livro “Tudo do amor”, da feminista Bel Hooks, a permitiu estar mais disponível para amar, com menos receios, a viver de forma plena o seu corpo e a sua sexualidade, sem culpas ou medos. E conta como um retiro de mulheres, onde não se usava roupa, foi para si profundamente libertador e empoderador. Paula partilha ainda as músicas que a acompanham e uma sugestão cultural. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
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57:18
Paula Cardoso (parte 1): “A verdade perdeu peso. Perante factos a desmentir narrativas populistas, misóginas, racistas, diz-se: ‘ah, mas isso não me importa!'”
Paula Cardoso foi uma das pessoas convocadas recentemente pelo Governo português para discutir soluções que respondam à revolta das comunidades dos bairros da periferia de Lisboa, após a morte de Odair Moniz, baleado mortalmente por um agente policial. A fundadora da rede “Afrolink” e apresentadora do magazine cultural “Rumos”, da RTP África, afirma que é urgente que o Governo tire da gaveta o Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação, e que aposte na educação e revisão dos manuais escolares. Sobre a vitória de Trump: “Se a verdade tivesse algum peso, jamais teríamos este resultado. Esta deriva vem da ausência de escuta das populações que acabam em situações de desespero a ouvir falsos messias.” Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:21:50
Benedita Pereira (parte 2): “A mãe das desigualdades é a de género. Ser feminista é ser antirracista e anti-homofóbica. A opressão é a mesma”
Ouça aqui a segunda parte da conversa com a atriz Benedita Pereira que recorda os testes e “self tapes” mais estranhos e desafiantes que fez para tentar a sua sorte em séries e filmes americanos, conta como se especializou nos sotaques inglês e castelhano e partilha os bastidores de um certo anúncio que gravou em Nova Iorque de contornos particularmente risíveis. E ainda fala dos preconceitos que sente na pele da parte de alguns realizadores, do vinho criado pelo marido durante a pandemia (que se tornou um sucesso pelo ousado vernáculo no nome) e dá-nos música, lê um excerto da obra “Um Quarto Só Seu”, de Virginia Woolf, e partilha algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser