Acredito que todas as vidas dão um livro. Que todos nós temos capítulos e páginas que contam histórias, que contam vidas. Acredito que muitas delas quando parti...
Francisco Deslandes - Toxicodependência - A Missão de ajudar outros!
O Francisco Deslandes é primo da @ines_sampayo , que foi minha convidada e me sugeriu entrevistar um primo seu porque seria uma conversa útil para muitas pessoas.O Francisco, Kiko para os amigos, aceitou o convite de imediato porque nada o realiza mais do que saber que pode ajudar outros.Viajámos para o tempo em que esteve no inferno, até ao momento em que percebeu que teria de ir para uma Clínica de Reabilitação, deixou crenças,Colocou o orgulho de lado e iniciou tratamento.Um processo duro, exigente, onde cada passo conta sempre, e um passo em falso colocará todos os 10 anos e já alguns meses enquanto adito limpo.Ter recuperado os abraços e momentos em família é sem dúvida a melhor recompensa.Conseguir sentir, saber estar sozinho e ter momentos de paz, são algumas das coisas que a recuperação lhe trouxe e de que tanto se orgulha.O Francisco é um exemplo de quem decide todos os dias que não mais quer ir para o inferno!Uma inspiração, que nos dias hoje é tão precisa pois são mais do que pensamos as pessoas que à nossa volta sofrem de adições!Espero que gostem!Beijinhos,Ticas
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52:59
Joana Oliveira - Luto de dois filhos com Síndrome de Depleção Mitocondrial
O Refúgio da Calada é um resort de cães da minha prima Catarina e foi lá que conheci o Taco, um cão forte e bonito que dava nas vistas. A minha prima disse-me várias vezes que a Joana, dona do Taco, seria uma convidada espectacular do podcast e assim o foi.
A Joana é mãe de três filhos, o Vasco, a Vera e a Carmo e a logística familiar alterou-se quando perceberam que o Vasco e a Carmo sofriam de Síndrome de Depleção Mitocondrial, uma doença degenerativa que faz com que as capacidades motoras e cognitivas vão diminuindo.
Com um coração do tamanho do mundo a Joana partilhou connosco partes deste caminho, partes de uma vida repleta de amor onde se entregou de corpo e alma aos filhos e, com os apoios certos proporcionou-lhes uma vida cheia.
O Vasco e a Carmo morreram mas deixaram muito mais do que saudades, ficaram nos corações de todos os que conviveram com eles de perto.
Obrigada querida Joana pelo colo que foste e és! Pelo coração bom que tens!
Espero que se inspirem!
Beijinhos,
Ticas
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59:28
Marta Fonseca - Cancro da Mama - Aprender a viver após!
Em Março deste ano, entrevistei a Marta ao vivo e sempre quis voltar a gravar para que mais pessoas sentissem o colo que transmite e o entusiasmo que tem pela vida.
Na altura tinha sido operada há poucos dias e apesar de todas as limitações físicas e acredito que também emocionais, fez questão de ir e partilhar parte da sua história para ajudar quem ali estivesse presente.
Passados meses, que parecem já tão distantes na correria da vida, voltámos a conversar e agora numa fase diferente, a fase em que já está tudo bem e controlado em relação ao cancro e se sente um vazio enorme.
Como a Marta tão bem explica na conversa, foram 2 anos a fugir de um Urso gigante, de repente ele morre e não se sabe o que fazer, onde se está, para onde se tem de ir, porque se passaram 2 anos sempre a correr, sem parar, sem pensar, só a correr e a fazer tudo para fugir do Urso.
Partilhou como descobriu o cancro, os tratamentos, o processo da peruca e a exigente e dura operação de reconstrução, a confusão que lhe faz não existirem estudos sobre sintomas de tratamentos em mulheres com cancro da mama mais novas e acima de tudo partilhou a vontade enorme que tem em viver em verdade!
não se esqueçam de fazer os testes e apalpações! Não atrasem ou adiem um exame ou consulta porque terá impacto!
Espero que se inspirem!
Beijinhos,
Ticas
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51:28
Inês Malato Correia - Sobreviver à morte de um filho por suicídio
A vida tem momentos muito duros, que nos põem à prova e, quando achamos que está tudo bem, surge uma ventania que leva metade das cartas, ficam cartas perdidas, outras que se encontram mas estão danificadas.
O baralho já não é o mesmo mas não pode perder-se a vontade de voltar a juntar todas as cartas e formar o baralho, ainda que com outras cartas, ainda que a sabermos que somos um baralho diferente do que éramos antes da ventania.
Há que querer voltar a ter uma base para se conseguir continuar a ir a jogo.
É isso que o Luís e a Inês têm feito principalmente desde que um dos seus filhos, o Gonçalo, morreu de suicídio.
Cada um com as suas dores, com a sua forma de viver o luto, têm mantido um baralho muito bonito, que começou numa noite no Bananas e desde então o Casino não parou.
Alinharam em conversar comigo separados, e tenho a certeza que o Gonçalo está de coração cheio por ver que afinal 2+2 nem sempre dá 4 e que os pais estão a aprender a viver nessa soma que tantas vezes lhes parece subtração.
Partilharam o que lhes vai na alma e no coração para ajudar quem nos ouvir, e fizeram-no como só consegue quem adora a adrenalina da banca e o fascínio da arte 😉
OBRIGADA!
Por tanto.
Espero que se inspirem.
Beijinhos,
Ticas
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1:22:07
Luís Malato Correia - Sobreviver à morte de um filho por suicídio
A vida tem momentos muito duros, que nos põem à prova e, quando achamos que está tudo bem, surge uma ventania que leva metade das cartas, ficam cartas perdidas, outras que se encontram mas estão danificadas.
O baralho já não é o mesmo mas não pode perder-se a vontade de voltar a juntar todas as cartas e formar o baralho, ainda que com outras cartas, ainda que a sabermos que somos um baralho diferente do que éramos antes da ventania.
Há que querer voltar a ter uma base para se conseguir continuar a ir a jogo.
É isso que o Luís e a Inês têm feito principalmente desde que um dos seus filhos, o Gonçalo, morreu de suicídio.
Cada um com as suas dores, com a sua forma de viver o luto, têm mantido um baralho muito bonito, que começou numa noite no Bananas e desde então o Casino não parou.
Alinharam em conversar comigo separados, e tenho a certeza que o Gonçalo está de coração cheio por ver que afinal 2+2 nem sempre dá 4 e que os pais estão a aprender a viver nessa soma que tantas vezes lhes parece subtração.
Partilharam o que lhes vai na alma e no coração para ajudar quem nos ouvir, e fizeram-no como só consegue quem adora a adrenalina da banca e o fascínio da arte 😉
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Espero que se inspirem.
Beijinhos,
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Acredito que todas as vidas dão um livro. Que todos nós temos capítulos e páginas que contam histórias, que contam vidas. Acredito que muitas delas quando partilhadas podem ganhar alma, podem ajudar quem as ouve. Nas páginas com graça vou dar voz a pessoas comuns que me inspiram e que acredito que vos podem inspirar. Vou deixar parte da história contada porque há vidas e momentos que merece ser homenageados hoje. Porque apesar de existirem momentos pesados pesados , a vida merece ser vivida leve leve, com graça.