Nasceram na ditadura, cresceram na democracia e saborearam a liberdade. Tiveram possibilidades que os pais e os avós não conheceram. Assistiram a mudanças socia...
Tim: “Os meus pais ficaram preocupados quando comecei a levar a música mais a sério do que eles pensavam. Depois comecei a chumbar na Faculdade de Agronomia e a coisa começou a piar mais fininho”
Nasceu em abril de 1960, em Ferreira do Alentejo, mas cresceu em Almada. O primeiro instrumento que aprendeu a tocar foi a harmónica, ajudava-o a passar o tempo enquanto estava internado por causa de uma hepatite.Tinha 13 anos quando experimentou a viola que os pais lhe trouxeram de Espanha, porque lá eram mais baratas. Desde aí nunca mais largou a música. Não estava nos planos ser o vocalista dos Xutos e Pontapés, mas depois de um concerto na prisão de Tires tudo mudou. Já são 50 anos de carreira e este ano quis experimentar outros caminhos e vai percorrer o país com a guitarra e as letras com histórias que escreveu até hoje. António Manuel Lopes dos Santos, mais conhecido por Tim dos Xutos, é o convidado do novo episódio do Geração 60 conduzido pela Conceição Lino.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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38:22
Isabel de Herédia: “O Duarte era o meu melhor amigo, nunca senti a diferença de idades. Tinha rapazes interessados em mim, mas eu vi-me como uma cómoda e a certa altura pensei: ‘Quem é que conhece as minhas gavetas todas?’ Era o Duarte”
Nasceu em novembro de 1966, em Lisboa. Viveu a infância entre Portugal e Angola. Os pais partiram primeiro para África e com quatro anos, Isabel, ficou a viver com a avó e uma tia. Depois do 25 de Abril, a família mudou-se para o Brasil, para São Paulo. Foi lá que estudou num colégio jesuíta, fez o curso de Gestão e especializou-se em Finanças. Inês de Castro Curvello de Herédia acrescentou Bragança ao nome quando casou com D. Duarte Pio. Conhecem-se desde pequenos e foi ele quem a ensinou a nadar. A experiência como gestora levou-a a assumir o controlo das contas e do património da casa de Bragança, sempre sem se deixar levar por críticas de quem a esperava talvez menos interventiva. Isabel de Herédia é a convidada do novo episódio do Geração 60.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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35:58
João Cotrim de Figueiredo: “Servi bebidas de smoking branco e aprendi que as pessoas olham para quem está a trabalhar como se fossem invisíveis. Isso marcou-me e hoje tento ver essas pessoas”
Estudou no colégio alemão e mais tarde em Londres, coisa rara para a altura. Fez quase tudo, foi gestor em várias empresas, passou pela banca, pelo Turismo de Portugal, até foi diretor de um canal de televisão. Acabou na política. Agora as semanas dividem-se entre Bruxelas e Lisboa, mas o regresso à vida política nacional não está para breve: “a presidência da república não me fascina”. João Cotrim de Figueiredo é o convidado do novo episódio do Geração 60.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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41:52
Clara de Sousa: “A minha visibilidade pode ser um peso para os meus filhos, mas tento desconstruir isso. A minha heroína era a minha mãe e só tinha o quarto ano, o estatuto social não faz de nós melhores”
Nasceu em novembro de 1967, no Monte do Estoril, na linha de Cascais, e é por lá que ainda hoje vive. Cresceu numa casa “bastante politizada”, onde a televisão estava sempre ligada. Teve uma infância “muito livre” e com “todo o tempo do mundo”, conta. Desde criança que aprendeu o valor do trabalho e nunca teve receio de pôr as mãos na massa - aos nove anos cozinhava para toda a família. O plano era ser professora de português e de inglês, mas a vida levou-a para a rádio e, mais tarde, para a televisão. É jornalista há mais de 30 anos. Mesmo numa altura em que a profissão atravessa “tempos complicados” nunca perde motivação. Clara de Sousa é a primeira convidada do podcast Geração 60 conduzido por Conceição Lino. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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40:10
Geração 80. Trailer: 2ª temporada
Está a chegar a segunda temporada de Geração 80, o podcast que dá voz a uma série de portugueses nascidos nessa década brilhante, num regresso ao futuro guiado por Francisco Pedro Balsemão. O primeiro episódio sai já a 6 de março em todas as plataformas e nos sites da SIC Notícias, SIC e Expresso. Não percam! Livres e sonhadores, os anos 80 em Portugal foram marcados pela consolidação da democracia e uma abertura ao mundo impulsionada pela adesão à CEE. Foram anos de grande criatividade, cujo impacto ainda hoje perdura. Apesar dos bigodes, dos chumaços e das permanentes, os anos 80 deram ao mundo a melhor colheita de sempre?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nasceram na ditadura, cresceram na democracia e saborearam a liberdade. Tiveram possibilidades que os pais e os avós não conheceram. Assistiram a mudanças sociais mais justas, a grandes inovações e ao arranque da transformação tecnológica. Perante os desafios do mundo atual, o que têm a dizer os que acreditaram no progresso e na conquista de direitos?
Depois da Geração 70, com Bernardo Ferrão, da Geração 80 com Francisco Pedro Balsemão, e da Geração 90, com Júlia Palha, chega em 2025 a Geração 60, o podcast em que Conceição Lino conversa com quem nasceu numa altura em que o único ecrã era o da televisão a preto e branco.
Geração 60 tem o apoio da KPMG.