Finfluencers: quase sempre um investimento de alto risco
Em vésperas de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) identificar os principais aspetos que devem ser considerados pelos intermediários financeiros quando recorrem a finfluencers, bem como por estes últimos, de modo a assegurar que os conteúdos divulgados cumprem a legislação aplicável, a DECO PROteste promove um debate sobre a atividade dos influenciadores digitais financeiros.
Cada vez em maior número, estes criadores de conteúdo democratizaram, por um lado, o acesso ao conhecimento financeiro nas redes sociais, transformando assuntos técnicos e de linguagem inacessível em mensagens simples, através de vídeos, com dicas práticas de investimento ou de poupança. Por outro lado, muitos deles usam este ambiente virtual, de comunicação imediata e de proximidade, para prometer ganhos fáceis em pouco tempo, com informações pouco rigorosas e falta de transparência. Face a estes desafios, e a par da vigilância do regulador CMVM, o Banco de Portugal aumentou a supervisão aos influenciadores que vendem instrumentos financeiros sem assumirem o patrocínio e já está a testar uma ferramenta de inteligência artificial para aumentar a supervisão. Também a DECO PROteste tem alertado para um controlo mais apertado a este nível.
Neste episódio do POD Pensar, o podcast com ideias para consumir da DECO PROteste, Aurélio Gomes modera a conversa sobre o tema entre Francisca Guedes de Oliveira, administradora do Banco de Portugal, e António Ribeiro, economista e analista de produtos de poupança na DECO PROteste.