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Perguntar Não Ofende

Podcast Perguntar Não Ofende
Daniel Oliveira
É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre so...

Episódios Disponíveis

5 de 205
  • Rui Costa Lopes: como é que os portugueses veem os imigrantes?
    Quis a sorte ou azar que, no momento em que a imagem de uma rua do centro de Lisboa com muitas dezenas de imigrantes encostados à parede se tornou viral, fosse conhecido o Barómetro sobre as perspetivas dos portugueses em relação à imigração, da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Uma medida um pouco mais científica sobre as perceções dos portugueses. Quando o estudo foi conhecido, o ministro da Presidência António Leitão Amaro disse que concordava com o juízo feito pelos portugueses sobre as políticas públicas de imigração. Um juízo que se baseia em vários erros de perceção. E que o debate público que pretende responder a estas precessões pode estar a reforçar. É para esmiuçarmos este barómetro que temos, connosco, o coordenador deste trabalho e um dos seus autores. Rui Costa Lopes é psicólogo social, com pós-doutoramento no Instituto de Ciências Sociais, onde é investigador, sobre o fenómeno do preconceito racial e a influência das normas sociais na sua emergência.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:13:44
  • Ricardo Dias Felner: e se a cozinha portuguesa não for assim tão boa?
    Os portugueses até podem suportar que se diga que os seus descobrimentos foram, em grande parte, uma história de crimes que deixou como grande legado a maior transferência populacional forçada intercontinental. Até podem suportar que insultem Vasco da Gama ou Cristiano Ronaldo. Haverá sempre alguns, mesmo que sejam uma minoria, que acompanharão estas críticas. O que os portugueses não aceitam, e aqui o consenso aproxima-se da unanimidade, é que ponham em causa a sua gastronomia. Em julho de 2015, houve quem dissesse pior do que isso. Alguém se atreveu a escrever que a nossa cozinha era mesmo a pior do mundo. O conhecido crítico britânico de restaurantes Giles Coren escrevia, no “The Times”, a maior ofensa que um português pode ouvir. A reação dos leitores portugueses foi semelhante a um tsunami de ódio, deixando insultos e até ameaças de morte. No Twitter, Coren até perguntou se havia algum dispositivo para silenciar, naquela rede, um país inteiro, tal a dimensão viral da indignação. Cinco anos depois, quando o jornalista Ricardo Dias Felner escreveu, aqui no Expresso, um texto com um título provocatório: “E se a cozinha portuguesa não foi a campeã do mundo?”. De forma racional, desapaixonada e rigorosa, ajudava a desmontar alguns mitos sobre o que comemos. E, acima de tudo, sobre o que os estrangeiros acham do que comemos. Sim, é verdade, não adoram. A maioria acha a nossa gastronomia apenas moderada ou razoável. Poucos veem a Portugal por causa dela. Muito acham pouco variada, sensaborona, pouco atrativa. Ela está ausente de quase todos os rankings internacionais. Porque a vendemos mal. E provavelmente vendemo-la mal porque, com a boca cheia de orgulho, achamos que se chega a si mesma. É Ricardo Dias Felner o convidado do último episódio do Perguntar Não Ofende em 2024, a abrir o apetite para a consoada. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:21:33
  • Vasco Lourenço: para que serve esta comemoração do 25 de novembro?
    O coronel Vasco Lourenço tem 82 anos, é presidente da Associação 25 de Abril, ator e autor central do 25 de novembro. Um dos principais obreiros do 25 de novembro recusa a equiparação com o 25 de abril e não aceitou estar presente na sessão solene de hoje. Diz que esta é a festa dos que também foram derrotados nesse dia, que queriam transformar numa vingança e num retrocesso. O presidente da Associação foi uma das principais figuras do próprio 25 de novembro. Membro da chamada ala moderada do MFA, foi um dos nove do grupo dos nove, liderança política do golpe ou contragolpe (conforme o ponto de vista). A sua escolha para comandante da Região Militar de Lisboa, substituindo Otelo Saraiva de Carvalho, foi o gatilho dos acontecimentos. E teve um papel político e militar absolutamente central naqueles dias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:22:01
  • No Zambujal, com Tibunga: de regresso à cidade invisível
    Veja aqui a reportagem fotográfica No dia do funeral de Odair Moniz, uma jornalista de uma televisão fez um direto, do bairro do Zambujal, dizendo que a paz quotidiana tinha regressado. No entanto, para que os telespetadores reconhecessem de onde falava, escolheu, como cenário, uma paragem de autocarro destruída. Se as palavras eram sobre um bairro que levava um dos seus a enterrar, a imagem era sobre os tumultos. Foi assim durante 15 dias: nós, os da cidade da lei, a olhar assustados, irados ou compreensivos, para eles, os da cidade invisível, para roubar uma expressão de um programa de rádio de António Brito Guterres. A polémica que veio depois, com um autarca socialista a defender regras inconstitucionais para os bairros sociais, resume ainda melhor o sentimento: a maioria da população acredita que a lei não serve para a vida destas pessoas. Que elas não as cumprem, que o Estado não tem de as cumprir. Que têm de ser mantidos na ordem, nada mais. Alguns discursos mais cuidadosos ou até bem-intencionados preferiram distinguir, no Bairro do Zambujal e em todos onde houve tumultos resultantes de mais uma morte às mãos da polícia, uma minoria criminosa de uma maioria ordeira e trabalhadora. A realidade é capaz de ser mais complicada quando se cresce com falta de quase tudo. Não que a escola e a casa não existam. Falta o que permite romper com o ciclo de exclusão que este território determina. A exclusão ficou evidente no próprio debate, feito sobre o bairro, mas exclusivamente fora do bairro. Apesar de haver associação de moradores e outras organizações de autorrepresentação, as pessoas que vivem nestes bairros são excluídas do debate público. Elas são o problema, não agentes das suas vidas. Nas palavras de Ventura, a “bandidagem”, nas dos seus opositores, as “vítimas”. Mas nunca sujeitos da sua própria vontade. Não serve isto para desmerecer quem fala, porque deve falar, da exclusão dos outros. Apenas para sublinhar como a invisibilidade faz parte das regras do jogo. Os moradores dos bairros sociais são vistos ou como um problema de segurança, ou como um problema social, nunca como um problema democrático, na medida em que têm sido excluídos do direito à cidade e à palavra. Com os meios que tenho, tentarei fazer o que acho faltar: dar alguma palavra ao Bairro do Zambujal. O modelo será semelhante ao que usei com o António Brito Guterres, na antiga Curraleira. O António estará, aliás, connosco nesta viagem a mais um bocado da cidade invisível. Mas o guia principal não será, desta vez, ele. Será Cláudio Gonçalves, que também usa o nome de Tibunga. Nasceu no Bairro da Cova da Moura, cresceu fora daqui e faz parte da Associação de Moradores do Zambujal. Tem 29 anos, é modelo internacional e as oportunidades que agarrou não resultaram das saídas que o bairro tinha para lhe oferecer. Nas duas próximas horas, estaremos no bairro. Não para filmar tumultos, mas para ouvir os cidadãos que aqui vivem. Bem-vindos ao Zambujal, de que só voltarão a ouvir falar nas televisões quando acontecer outra tragédia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:30:00
  • Alda Azevedo: estamos a construir ou a regular de menos?
    A crise na habitação é um dos temas mais transversais a todas as economias industrializadas, com o preço das casas a crescer a um ritmo duas ou três vezes superior ao dos salários desde a viragem do século. Anos a fio de juros baixos,  liquidez financeira sem precedentes e aumento exponencial do turismo, tornaram a habitação num dos mais atraentes ativos financeiros. Em Portugal, em apenas um ano assistimos uma alteração legislativa de 180 graus numa área chave como esta. De um pacote legislativo como o Mais Habitação, que tentava reforçar o mercado de arrendamento com incentivos fiscais e a penalização do Alojamento Local, passámos para o estímulo da procura, com apoios ao crédito, desregulação do Alojamento Local e isenção fiscal para os jovens até 35 anos. Doutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona, Alda Botelho Azevedo é investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Ciências da População pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se sobretudo no estudo da demografia da habitação e do envelhecimento demográfico.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:25:53

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Sobre Perguntar Não Ofende

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha.
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