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Na Terra dos Cacos

Podcast Na Terra dos Cacos
PÚBLICO
Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, com...

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5 de 35
  • Cabinda, a guerra esquecida de Angola
    Volta e meia às redacções dos media em língua portuguesa chega um comunicado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (que já se chamou do Enclave de Cabinda) a dar conta de mais um ataque que resultou na morte de uns quantos soldados angolanos. Desta vez não foi diferente, na semana passada, a organização independentista cabinda anunciou que tinha atacado com armas pesadas posições das Forças Armadas de Angola na região de Belize, provocando a morte de 24 soldados e oito oficiais. O elevado número de mortos e o uso de armamento pesado mostra que o conflito latente no enclave, cujas reservas de petróleo garantem a grande parte das exportações angolanas, segue ao fim de quase 50 anos de independência, com pouca repercussão internacional, é certo, mas capaz de infligir baixas no exército angolano. É sobre o conflito e o desejo dos cabindas pela independência, pela autonomia ou, sobretudo, por poder usufruir dos recursos que são explorados na sua terra que falamos com o investigador e antigo preso político cabinda José Marcos Mavungo. Condenado em 2015 a seis anos de prisão por incitamento à insubordinação e violência contra o Estado angolano só por ter convocado uma manifestação que nem se chegou a realizar, foi libertado em 2016 depois de o Tribunal Supremo angolano ter ordenado a sua absolvição por não haver provas de que tivesse cometido o crime pelo qual o Tribunal de Cabinda o tinha condenado. Vive desde então em Portugal onde se tem dedicado à investigação, estando a finalizar a sua tese de doutoramento sobre Petróleo, Instituições e Desenvolvimento: o Caso de Cabinda no Iscte. Antes da entrevista, falaremos sobre o acordo de diálogo nacional inclusivo assinado por nove partidos políticos moçambicanos e o ataque da polícia à caravana do candidato presidencial Venâncio Mondlane, o segundo mais votado das eleições presidenciais de 9 de Outubro, mas que não participou no acordo intrapartidário patrocinado pelo Presidente Daniel Chapo. E também sobre as novas etapas na crise política na Guiné-Bissau e da deriva autoritária do Presidente Umaro Sissoco Embaló, cujo mandato terminou a 27 de Fevereiro, mas que continua em funções. Sissoco Embaló marcou as eleições apenas para 23 de Novembro, na mesma semana em que ordenou a expulsão de uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que procura encontrar uma solução de diálogo para a crise política guineense.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    54:29
  • Líder do Podemos em Moçambique garante que não recebeu dinheiro da Frelimo
    O entrevistado desta edição do podcast Na Terra dos Cacos é hoje o líder formal da oposição em Moçambique, depois de o Podemos, mercê do apoio ao candidato presidencial Venâncio Mondlane, se ter tornado no partido mais votado da oposição nas contestadas eleições de 9 de Outubro. Albino Forquilha defende-se das acusações de traição à luta do povo moçambicano, falando do diálogo intrapartidário que actualmente decorre com o Presidente Daniel Chapo, do seu convencimento de que a ruptura com Mondlane não irá acabar com o partido nas próximas eleições. Para ele, a votação no Podemos não se justifica apenas pela ligação ao candidato presidencial, dizendo que em 2019, mesmo tendo apenas seis meses de vida, o partido já ficara em quinto lugar. Antes da entrevista, os temas em cima da mesa, no diálogo entre António Rodrigues e o professor Elísio Macamo, são a questão do ensino das línguas nacionais nos países africanos de língua portuguesa, a propósito do Dia Internacional da Língua Materna, que se assinalou no dia 21; e o choque de Donald Trump com a África do Sul, assim que assumiu a presidência dos Estados Unidos, acusando o Governo de Cyril Ramaphosa de racismo em relação aos brancos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    1:00:47
  • Em Cabo Verde, depois da derrota, mandam-se embora as mulheres do Governo
    Depois da copiosa derrota do Movimento para a Democracia (MpD) nas eleições autárquicas de Dezembro, em que perdeu metade das autarquias que tinha, o primeiro-ministro Ulisses Correia da Silva fez uma remodelação governamental, para cerrar fileiras e tentar contrariar o ciclo político negativo para o seu partido: o único senão é que quase todas as pessoas que saíram do Governo foram mulheres. Dos seis que saíram do executivo, cinco são mulheres – o único ministro que deixa o cargo, Carlos Santos, sai porque é arguido num processo de branqueamento de capitais. Nem a democracia cabo-verdiana, tantas vezes dada como exemplo de sucesso em África, se livra de mostrar as costuras da sua fragilidade. Será que a derrota autárquica do MpD foi culpa das mulheres do Governo? Ou será que para lamber as feridas de perder metade das câmaras que governava e criar um discurso de vitória para as legislativas de 2026, o MpD só acredita em homens? Seja como for, a resposta do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, fica muito aquém do desejável: de seis demitidos, cinco serem mulheres parece tudo menos “coincidência”. António Rodrigues e Elísio Macamo também conversam sobre o conflito no Leste da República Democrática do Congo, onde o grupo rebelde Movimento 23 de Março, ou simplesmente 23M, tomou a cidade de Goma, capital da província do Norte-Kivu, e avança em direcção a Bukavu, capital do Sul-Kivu, ameaçando com marchar até à capital, Kinshasa, para derrubar o Governo de Félix Tshisekedi. Além da possibilidade de se abrir aqui a Caixa de Pandora se o Ruanda conseguir levar à modificação das fronteiras para abarcar uma parte da República Democrática do Congo, com a desculpa de querer defender os tutsis congoleses, também se fala de possíveis sanções da União Europeia ao Governo de Paul Kagame e as repercussões que isso poderá ter em Cabo Delgado, onde milhares de soldados ruandeses lutam contra o jihadismo ao lado do exército moçambicano, numa missão militar financiada pela UE. Na segunda parte, o nosso entrevistado é o jornalista, poeta e político guineense Agnelo Regalla, líder da União para a Mudança, e porta-voz da Plataforma Aliança Inclusiva-Terra Ranka, a coligação que venceu com maioria as eleições legislativas de Junho de 2023 na Guiné-Bissau, mas que se viu impedida de governar ao fim de poucos meses pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló. Agnelo Regalla vem conversar sobre o mandato do Presidente da Guiné-Bissau que deveria acabar a 27 de Fevereiro, mas que Sissoco Embaló decidiu prolongar por iniciativa própria, recusando-se a marcar eleições para escolher o seu sucessor.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    47:49
  • Protestos em Moçambique criam tempestade para a oposição em Angola
    No segundo episódio de 2025 de Na Terra dos Cacos, António Rodrigues e Elísio Macamo conversam sobre as ondas de choque em Angola provocadas pelos protestos pós-eleitorais em Moçambique. O movimento popular engendrado por Venâncio Mondlane, o impacto que teve no seu país e os efeitos conseguidos em termos internacionais fizeram muita gente em Angola pensar que, nas eleições de 2022, a UNITA e a Frente Patriótica Unida não fizeram tudo o que estava ao seu alcance para contestar o resultado das eleições. Se havia razões de queixa em relação a uma fraude eleitoral cometida pelo MPLA, parecida com a cometida pela Frelimo agora nas eleições de 9 de Outubro, por que razão Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku não convocaram protestos em massa e desafiaram o poder instituído como Mondlane? Essa é a pergunta que, justificadamente, muitos fizeram em Angola e que pode trazer problemas à liderança da UNITA em ano de congresso electivo. Por outro lado, a decisão tomada por Donald Trump no seu regresso à Casa Branca de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde vai trazer consequências marcantes para muitos países que dependem dos projectos da OMS para as suas políticas de saúde pública, grande parte deles em África. Como diz Ngashi Ngongo, da direcção executiva dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de África, “chegou a altura de alguns dos Estados-membros africanos da OMS repensarem o financiamento da saúde pública”. Na segunda parte, o entrevistado será o músico cabo-verdiano Alberto Koenig. Filho do músico e escritor Mário Lúcio Sousa e sobrinho e do cantor e compositor Princezito, nasceu em Cuba, mas cresceu em Cabo Verde com a música sempre presente, mas ainda foi estudar arquitectura para o Brasil antes de finalmente ceder à inspiração. Mudou-se agora para Portugal e é em Lisboa que pretende dar um novo rumo à sua carreira: o primeiro single desta etapa sairá em Março.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    57:57
  • O novo Presidente de Moçambique e a falta de dinheiro de Angola
    Na segunda-feira tomou posse o Parlamento moçambicano com boicote da Renamo, do MDM e de quatro deputados do Podemos, o agora maior partido da oposição, e esta quarta-feira tomou posse o sucessor de Filipe Nyusi na presidência da República, Daniel Chapo. Dois actos que, teoricamente, deveriam pôr fim à situação de instabilidade no país, mas não é assim. Venâncio Mondlane, o principal candidato presidencial da oposição não se dá por vencido na busca pela sua “verdade eleitoral”. Assumiu-se como o Presidente realmente eleito pelo povo, recusa reconhecer Chapo como chefe de Estado e convocou três dias de protestos que culminaram esta quarta-feira. A seguir, falamos de Angola. O Governo de João Lourenço assumiu com os sindicatos, em Maio do ano passado, o compromisso de aumentar este ano os funcionários públicos em 25%. Chegou Janeiro e o executivo não cumpriu, alegando atraso nos trâmites no Parlamento e prometendo pagar em Março com retroactivos a Janeiro. Uma desculpa que esconde as cada vez maiores dificuldades de tesouraria do Governo angolano. Segundo um estudo da organização não-governamental Debt Justice, citado pela Lusa, Angola é o país do mundo que vai usar este ano a maior percentagem da sua receita fiscal para pagar os serviços da dívida. Em 2025, serão 66,4% para pagar juros, um aumento face aos 64,7% do ano passado. Na segunda parte, no nosso espaço de entrevista, vamos falar com o antigo ministro das Obras Públicas, Infra-Estruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe, Osvaldo Viegas d’Abreu, sobre a actual crise política no seu país, que levou o Presidente Carlos Vila Nova a demitir o Governo, a não aceitar os nomes propostos pelo partido do agora ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada e a escolher para chefiar o novo Governo o governador do Banco Central e ex-ministro das Finanças, Américo Ramos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    57:29

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Sobre Na Terra dos Cacos

Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, como colá-los.
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