Ep 2 · Natércia Salgueiro Maia, 81 anos: "agora há muitos alunos com 20 valores, mas naquela altura... eu sobressaía em relação aos meus colegas"
Fontes:
A Dama e o Vagabundo [vídeo]
Raras e Discretas, conhecer um pouco da história das primeiras mulheres da Universidade de Coimbra [artigo]
Contactos:
[email protected]
instagram: @falesia_
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14:39
Ep 1 · Natércia Salgueiro Maia, 81 anos: "No colégio, tínhamos sempre que estar em silêncio, tudo era em silêncio, tudo!"
Nesta temporada falo com a Natércia Salgueiro Maia, com quem contactei através da Associação Salgueiro Maia.
FONTES
O que ficou na memória: os castigos corporais na escola primária 1900-1960, volume II [tese]
Cálculo do factor de atualização de escudos para euros [calculadora]
O desvio do Santa Maria e o princípio da Guerra do Ultramar [vídeo]
CONTACTO
[email protected]
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18:37
Ep 3 [FINAL] · Celeste José, 76 anos: "Se a pessoa for acumulando [todo o racismo que vê e ouve], a pessoa não tem vida"
Ser anti-racista é um trabalho de todos os dias e de todas as pessoas. E podemos começar em qualquer lado e a qualquer momento. Já há muitos anos que se solidificou a percepção de que o racismo existe na sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito.
FONTES
Rádio Clube de Moçambique [vídeo]
Rádio Libertação [texto e som]
Pequeno Manual Antiracista [PDF]
CONTACTO
[email protected]
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22:07
Ep 2 · Celeste José, 76 anos: "Ele via uma mulher... e arrastava-se todo"
Fontes:
Irmã Marginal, Audre Lorde [comprar livro]
O colonialismo dos anticolonialistas, Cunha Leal [livro]
Retrato do Colonizado, Albert Memmi [livro]
Portugal pode viver sem as colónias? [livro]
PROCLAMAÇÃO DA INSURREIÇÃO ARMADA - SAMORA MACHEL [vídeo]
41 ANOS DO ATAQUE À MATOLA [vídeo]
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25:23
Ep 1 · Celeste José, 76 anos: "Fiquei com raiva porque [a minha patroa] me levou ao cabeleireiro para ir 'arranjar' o cabelo"
Neste episódio falo com a Celeste José, 76 anos, sobre ser da terra do Eusébio, trabalhar para uma família portuguesa e ir pela primeira vez ao cabeleireiro.
POEMAS LIDOS
AFORISMO
Havia uma formiga
compartilhando comigo o isolamento
e comendo juntos.
Estávamos iguais
com duas diferenças:
Não era interrogada
e por descuido podiam pisá-la
Mas aos dois intencionalmente
podiam pôr-nos de rastos
mas não podiam
ajoelhar-nos.
José Craveirinha
BAYETE
Ergueste uma capela e ensinaste-me a temer a Deus e a ti.
Vendeste-me o algodão da minha machamba
pelo dobro do preço por que mo compraste,
estabeleceste-me tuas leis
e minha linha de conduta foi por ti traçada.
Construíste calabouços
para lá me encerrares quando não te pagar os impostos,
deixaste morrer de fome meus filhos e meus irmãos,
e fizeste-me trabalhar dia após dia, nas tuas concessões.
Nunca me construíste uma escola, um hospital,
nunca me deste milho ou mandioca para os anos de fome.
E prostituíste minhas irmãs,
e as deportaste para S. Tomé…
– Depois de tudo isto,
não achas demasiado exigir-me que baixe a lança e o escudo
e, de rojo, grite à capulana vermelha e verde
que me colocaste à frente dos olhos: BAYETE?
Noémia de Sousa
FONTES
Esperança de vida em Portugal segundo o nível de escolaridade, por Filipe Pereira [Artigo]
Educação e empregabilidade em moçambique [artigo]
Gender Inequality in Employment in Mozambique [artigo]
José Craveirinha [poemas]
Noémia de Sousa [poemas e biografia]
Matutuíne [imagens]
Mafalala [wikipédia]
Esse cabelo, por Djaimilia Pereira de Almeida [excerto]
A avó veio trabalhar [site]