Hoje converso com uma das actrizes com personagens mais marcantes do Teatro O Bando. Da Dulcinha (Montedemo, 1987) ao Zé Povinho (que ainda hoje representa), Antónia Terrinha é um corpo e uma voz indissociável do caminho que o Bando fez até hoje.Entrou muito jovem no grupo, no princípio dos anos 80, e de lá para cá foi acumulando histórias hilariantes, poéticas, dolorosas narrando cada uma delas com a mesma implicação e envolvimento. Já não faz parte da equipa actualmente mas é cooperante e recentemente integrou a criação liberaLinda onde contracenámos.Hoje o cenário é outro. Estamos prestes a entrar em cena, em casa da Antónia e não estamos sozinhos nesta contracena. Em diálogo, comigo, com ela e com as memórias dos espectáculos estão a cadela shaki e cão de seu nome lemur, quase tão implicados como a sua dona na reacção ao desenrolar da conversa.Abraçamo-nos, os cães garantem-nos que têm o texto na ponta da língua e aí vamos nós para esta estreia. Muita merda!
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56:37
Isabel Santos e Matilde Santos | Confraria do Teatro
Diz-se muitas vezes sobre o Bando que é...uma Escola.Sim, é verdade que a formação teatral ocupou sempre um papel central na actividade do grupo mas quando ouvimos esta expressão ela tem um sentido mais abrangente. No Bando aprende-se fazendo, as mãos ajudam a pensar (dizemos muitas vezes) e muitos são os profissionais de diferentes áreas que hoje estão em diversas instituições do país e que começaram aqui, formando-se enquanto trabalhadores.As nossas convidadas de hoje entraram no Bando com as mesma idade em que entraram na Escola primária. Isabel e Matilde Santos, são irmãs gémeas que fizeram parte do primeiro grupo de crianças que inauguraram a formação Confraria do Teatro há quase 20 anos. Foram nossas confrades durante mais de 10 anos cresceram em todos os sentidos e integraram o elenco de espectáculos do grupo como o DO FIM ou os PÁSSAROS, uma encenação de João Neca e Miguel Jesus.Hoje são mulheres a terminar a sua formação teatral e a fazer e a pensar, literalmente, o Teatro do Amanhã.Sejam bem-vindos à conversa com as mais jovens entrevistadas.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:14:12
Rui Simões | cineasta
O Teatro é uma arte efémera. Acontece em tempo real à frente do público e desaparece assim que termina o espectáculo, sobrevivendo nas imagens e palavras em movimento que se alojam no corpo de cada um dos quepartilham este ritual ancestral.Sabemos disto e vivemos com este facto nesta profissão quese esfuma e recria a cada nova criação. No entanto, o nosso convidado de hoje tem sido dos maiores aliados a contrariar esta tese. Rui Simões é cineasta e documentarista e tem no seu acervo milhares de horas de gravações de espectáculos do Bando. Através do seu olhar por trás da máquina, podemos hojereviver muitos desses momentos e através da sua edição e montagem alojar novas imagens e palavras e movimentos na nossa memória.A conversa acontece na sede da RealFicção, produtora de cinema de Rui Simões e Jacinta Barros.Sentem-se connosco neste sofá mesmo em frente a uma tela em branco onde vamos projectar 50 anos de uma amizade em movimento que perdura.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado porocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:26:58
Didi | produtor
Estamos em Lisboa na casa do Didi sentados à mesa. Na mesa não falta nada... há queijo, batatas fritas e cerveja que também farão parte da sonorização desta conversa.Conversa esta que é feita a três. O Nicolas e o Didi são amigos de longa data e conviveram muito no Bando nos anos 90. Sou um mero espectador deste desenrolar de histórias que o Didi guarda como algo muito precioso.Os anos 90 foram para o Teatro O Bando a década dos grandes espectáculos com muita gente: Lisboa Capital da Cultura em 1994, os TRILHOS, evento de celebração dos 20 anos do grupo, o MADRUGADAS (evento no Terreiro do Paço de celebração dos 25 anos do 25 de Abril) e claro todo o envolvimento na Peregrinação da EXPO 98 entre muitos muitos outros, encantado pela Natércia Campos e pelo ideal do trabalho em colectivo, apaixounou-se pelo Bando neste período cheio de enormes desafios e a sua função era.... produção (ainda não se chamava assim e ele já irá explicar).Tal como Nicolas Brites cresceu nos camarins do Teatro e tem uma genealogia teatral muito curiosa e é por aí que começamos esta conversa.Puxem mais um banquinho e sentem-se connosco à mesa.:::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
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1:23:35
Jaime Rocha | escritor
Hoje conversamos com um rapaz da Nazaré, amigo do Teatro O Bando praticamente desde o princípio do grupo. Jaime Rocha é um escritor premiado, jornalista de convicção, é poeta, romancista e dramaturgo e esteve exilado antes do 25 de Abril regressando a Portugal após a revolução.Editou mais de duas dezenas de peças de Teatro e uma delas, Morcegos, foi encenada pelo Bando e por João Brites em 2006.A conversa aconteceu na sua casa em Sintra que é também a sede da Casa Jaime Rocha, associação onde se preserva e alimenta o espólio literário de Jaime Rocha e de Hélia Correia. É também um espaço de produção literária, artística e cultural, de poesia, romances, contos e dramaturgia. Falámos na sala Beckett e à mesa foram-se espalhando dezenas de recortes de jornais e revistas que Jaime tinha guardado e onde se fala do Bando ao longo de mais de 40 anos.Entrem e sentem-se à mesa. Lá fora o tempo está chuvoso e faz muito vento. Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando. Aqueçam-se connosco nesta fogueira da memória. :::50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.Este e outros episódios em www.obando.pt
Um podcast semanal com 50 entrevistas a pessoas que fazem e continuam a fazer a história do Teatro O Bando.
Com coordenação e direcção de João Neca, a pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo "Afonso Henriques", o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.