Alvarinho ou Albariño? A casta de um lado e do outro do rio Minho
Alvarinho em Monção e Melgaço, e um pouco por todo o país, já. Albariño do lado de lá do rio Minho. A casta-rainha dos Vinhos Verdes é, na verdade, uma variedade ibérica: 70% das plantações mundiais estão em Espanha, predominantemente na Galiza e na região vitivinícola das Rias Baixas, e Portugal tem cerca de 20% do encepamento mundial, maioritariamente em Monção e Melgaço. Não é de estranhar, portanto, que lá fora se ouça mais falar de Albariño. Para nos falar da casta de um lado e do outro da fronteira, convidámos Lúcia Barbosa. Trabalhou como enóloga consultora em vários projectos de Monção e Melgaço, de onde é natural. Passou pelas empresas Soalheiro e Anselmo Mendes e trabalhou ano e meio na espanhola Martín Códax, nas Rias Baixas, onde predomina o Alvarinho. Hoje, está na Sogrape, onde é responsável pelos pequenos volumes — os fine wines, se quisermos — da empresa e dá apoio à vindima nos Verdes, em concreto na Quinta de Azevedo. O podcast Consultório de Vinhos é produzido e apresentado por Ana Isabel Pereira, com sonoplastia de Miguel Sousa e locução de Isidro Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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13:27
Como é que se cheiram, provam e harmonizam as aguardentes vínicas?
O que distingue uma aguardente vínica de uma aguardente bagaceira? Como é que se provam aguardentes? Agitamos ou não o copo? E que copo? Podemos juntar-lhe água ou isso vai afectar as características da bebida? E a temperatura de serviço, qual é? Ainda faz sentido o ritual de aquecer a aguardente, conhecido por ‘chambrear’? E com que raio é que uma bebida com um teor alcoólico de 40% vai bem? Como é que se harmonizam as aguardentes? Maria Manuel Aranha, 33 anos, há onze na Aveleda, é directora de relações públicas e eventos da empresa nascida em Penafiel, mas não foi por isso que falámos com ela. É embaixadora da Adega Velha, é quem na empresa dá formação sobre aguardentes e, claro, sobre aquela marca com meio século de história e tem como missão encontrar formas de chegar a (e convencer) novos consumidores. O podcast Consultório de Vinhos é produzido e apresentado por Ana Isabel Pereira, com sonoplastia de Miguel Sousa e locução de Isidro Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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13:32
Das castas aos porta-enxertos, que caminhos de futuro se vislumbram no Vinho Verde?
A região vitivinícola está a olhar para um conjunto de castas que podem servir o vitivinicultor dos Vinhos Verdes no futuro. Castas do passado, algumas minoritárias, e outras, de outras regiões. Brancas e tintas, com diferentes objectivos. E está também a ensaiar diferentes clones dentro das variedades, assim como formas mais sustentáveis de tratar a vinha. Tudo a pensar no futuro. Neste episódio, voltamos a falar com a técnica da Estação Vitivinícola Amândio Galhano, Tânia Rodrigues, que já tinha estado no Consultório de Vinhos num episódio dedicado às castas tintas de Monção e Melgaço. O podcast Consultório de Vinhos é produzido e apresentado por Ana Isabel Pereira, com sonoplastia de Miguel Sousa e locução de Isidro Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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12:37
E ele é nosso, e ele é nosso. O terroir natural do Alvarinho é Monção e Melgaço?
Já está plantado nos quatro cantos do mundo. Incluindo em algumas das regiões vitivinícolas mais reputadas do globo. Quem é que adivinharia que falamos do Alvarinho? A mui nobre uva branca dos Vinhos Verdes é nossa — e, por nossa, entenda-se: é de Monção e Melgaço — ou é já uma casta do mundo? E esse mundo é grande, como é o das variedades Chardonnay ou Riesling, ou ainda é coisa de nicho, brincadeira ou excentricidade? Para nos falar do Alvarinho pelo mundo, convidámos a produtora Joana Santiago, que logrou colocar no mapa a Quinta de Santiago, em Monção, honrando o legado da sua avó Maria, que em tempos idos geriu sozinha uma propriedade maior do que a actual, que tem 7,5 hectares, e que era auto-suficiente. Joana é também, desde finais de 2023, presidente da Associação de Produtores de Monção e Melgaço, cujos objectivos incluem a criação de uma Denominação de Origem para aquele território. O podcast Consultório de Vinhos é produzido e apresentado por Ana Isabel Pereira, com sonoplastia de Miguel Sousa e locução de Isidro Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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15:01
Vinhão, para que te quero?
Pinta lábios e dentes, faz arreganhar as gengivas e consegue ter uma acidez abominável. É amado e odiado. Popularmente conhecido como vinho verde tinto, o Vinhão é feito com a casta homónima, mal amada por muitos, adorada por poucos, mas rijos. Os que o abominam provaram demasiadas vezes vinhões de ‘fixa 15’ — gíria do sector que se refere a uma acidez fixa, simplificando, aquela que é perceptível em prova de 15, uma coisa maluca, como veremos daqui a nada. Os rijos juram a pés juntos que o tinto retinto é a melhor harmonização para a comida minhota. Pelo São Martinho, correm a comprar o vinho novo, porque dita a tradição que o Vinhão tem de ser do ano. E defendem o Vinhão com arrebatamento — como o governante minhoto que em Outubro último tomou a sua defesa (e foi criticado por isso). Recentemente provámos um Vinhão que fugia à regra, com acidez fixa de 6,5 / 7, cheio de fruta boa e macio, macio. E isso levou-nos a convidar para esta conversa Fernando Machado. Está há 40 anos na Quinta das Arcas, onde é responsável pela viticultura e enologia e onde faz o Primoris, que esgota no dia em que é lançado. O podcast Consultório de Vinhos é produzido e apresentado por Ana Isabel Pereira, com sonoplastia de Miguel Sousa e locução de Isidro Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.