Um podcast que pretende ser um lugar de diálogo sobre a vida e a morte e sobre as relações que criamos no intervalo. Falaremos sobre o luto, as perdas, a doença...
As crianças, que têm todas as perguntas do mundo, relembram-nos que há respostas a menos para explicar aquilo que não sabemos dizer. E como explicar a uma criança em CP que tem uma doença grave? Como falar com ela sobre a sua própria morte? E como é, para os profissionais nesta área, acolher esta realidade da criança e dos seus pais e restante família?Os cuidados paliativos pediátricos assumem-se como uma área especial de intervenção pediátrica e pretendem ser globais, abrangentes e para todas as crianças que não vão melhorar da sua doença. São um direito humano básico para todas as crianças com doenças crónicas, complexas e com prognóstico reservado. No entanto, que respostas existem em Portugal? Que percurso já foi feito e que caminho devemos seguir para cumprir os objetivos destes cuidados?
Neste episódio, Ricardo Fernandes conversa com Emília Fradique. É Enfermeira Especialista em Pessoa em Situação Paliativa e uma referência na área dos Cuidados Paliativos Pediatricos em Portugal. Nesta conversa, poderá ouvir sobre a realidade nacional deste tipo de cuidados e reconhecer quais as necessidades e especificidades deste contexto.
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EPISÓDIO #13 - Sofia Teixeira
Seremos nós o tempo que nos resta? Se sim, quando confrontados com o diagnóstico de uma doença terminal, como é o testemunhamos? Como é que nos vemos? Como é que nos vêem os outros? Estaremos a morrer ou a viver?
Sofia Teixeira, autora do livro “A morrer ou a viver? – histórias de cuidados paliativos” (editado em maio de 2024 com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos) é a convidada deste episódio. Conversou com Ricardo Fernandes, onde nos deixa a pergunta do título do seu livro que não se fecha numa só reposta, mas que nos abre às mais difíceis interrogações.
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40:44
EPISÓDIO #12 - Maria Elisa
Qual é o peso das palavras? Cancro é uma palavra que assombra a expectativa da maior parte de nós. Desdobra-se em significados e palavras diferentes: medo, angústia, morte, mas também esperança, resilência, amar e cuidar.
Maria Elisa Domingues, figura incontornável do jornalismo em Portugal, escreveu o livro “Amar e Cuidar” após a cirurgia da sua mãe a um cancro de mama. Foi editado em 2012 e nele é partilhada a sua vivência enquanto cuidadora, narrando o seu percurso ao longo da doença da sua mãe. É um trabalho literário cuidadosamente conduzido, onde se encontra a simplicidade das palavras.
Neste episódio, Ricardo Fernandes conversa com a autora, sobre amar e cuidar, sobre os cuidadores informais em Portugal, sobre cuidados paliativos e sobre a sua vivência da doença da sua mãe.
E no título deste livro: amar e cuidar – qual o peso das palavras? Se amar nos expande, cuidar será, talvez, uma forma de confirmar esse mesmo amor.
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55:27
EPISÓDIO #11 - Daniel Blaufuks
Na última página do livro Não Pai de Daniel Blaufuks, está escrito: no way to say goodbye, fazendo referência à morte de Leonard Cohen. Haverá forma de dizer adeus quando ficou por dizer tudo o resto?
Daniel Blaufuks, nascido em Lisboa, conta com um portfólio artístico documentado em fotografia, filme e livro. Interessa-se pela relação entre o tempo e o espaço e, também, pela documentação da memória pública e memória privada. Não pai, editado em novembro em 2019, é um livro escrito após a morte do pai do autor, e é um trabalho sobre o abandono, sobre o exílio, sobre a perda e sobre a contínua procura de uma fotografia que não existe: a do seu pai a seu lado. No último parágrafo do livro, Daniel pergunta: será que tudo passa menos o passado? Pode uma ausência ser mais presente do que uma presença? Neste episódio, Ricardo Fernandes conversa com o autor sobre este livro, explorando temas sobre o luto pelo abandono e a importância da memória e da fotografia para integrar as perdas que vivemos ao longo da vida.
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34:53
EPISÓDIO #10 - Alexandra Coelho
“Susan Sontag uma vez escreveu: o tempo existe para que não te aconteça tudo de uma só vez e o espaço existe para que não aconteça tudo somente a ti. Talvez uma metáfora para dizer que há dores que são grandes demais para nos chegarem inteiras. E no dor de um luto? Quanto tempo é tempo suficiente e como fica o espaço - dentro e fora de nós - quando perdemos alguém que amamos?
A clínica do luto tem-se revelado importante para a facilitação da adaptação à perda. No episódio de hoje, Ricardo Fernandes conversa com a Dr.ª Alexandra Coelho sobre o luto enquanto eventual problema de saúde mental, abordando fatores de risco, manifestações de luto e de que forma o processo de luto é tão único quanto a pessoa que o vive.”
Sobre PORQUE PRECISAMOS DOS OUTROS PARA SERMOS NÓS.
Um podcast que pretende ser um lugar de diálogo sobre a vida e a morte e sobre as relações que criamos no intervalo. Falaremos sobre o luto, as perdas, a doença e a morte nas diferentes perspetivas ética, estética, clínica, cultural, filosófica, artística e as demais que a vida contém.
Promovido pelas Irmãs Hospitaleiras | Casa de Saúde da Idanha no âmbito Projeto de Intervenção Precoce e Apoio no Luto, com o apoio da Fundação La Caixa.