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Um espaço onde cabem todas as vidas, emocionalmente ligadas por experiências de provação e histórias de humanização. Para percorrer sem guião, com uma pessoa co...

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5 de 48
  • Paula Almeida
    “Estejamos mais abertos para acolher as nossas crianças!”. Mais do que a expressão da sua experiência profissional e da vivência pessoal, as palavras de Paula Almeida refletem a sua consciência sobre a necessidade de um despertar comunitário. “A mulher negra sempre acolheu”, assinala nesta conversa, entre partilhas sobre a sua própria viagem pela maternidade. Mãe de uma menina que, até ao seu acolhimento, vivia numa instituição, Paula conta como o seu trabalho de intervenção social a alertou para uma realidade que pretende ver alterada: a falta de famílias negras disponíveis para acolher e adoptar as “nossas” crianças. Consciente da força que poderá surgir de um maior envolvimento negro nestes processos, a filha da Dona Martina, neta da D. Guilhermina e bisneta da D. Mariana, partilha um dos ensinamentos recebidos da sua linhagem feminina: “Quem tem um filho, tem todos os outros filhos”. -- Dona de uma longa e vasta experiência em intervenção social e comunitária com crianças e jovens em situação de risco, Paula Almeida soma formações ao serviço da igualdade, e contra a exclusão social. Sempre em busca de novas ferramentas para aproximar grupos, Paula optou pela licenciatura em Estudos Africanos, na variante História e Desenvolvimento, porque viu nessa formação uma via para sustentar o trabalho que desenvolve junto da comunidade negra. A par da ligação aos mais novos, inclusivamente em instituições de acolhimento, Paula atua como técnica de intervenção familiar, facilitando a reparação e regeneração de contextos disfuncionais. Por uma sociedade mais humana.
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    1:12:53
  • Sofia Medina Andrade⁠
    “Na vida há uma beleza muito grande em vermos as coisas acontecerem”. Sofia Medina Andrade ouviu esta frase em Moçambique, da boca do ex-colega Fernando, e nunca mais a esqueceu. “Fui um livro aberto e voltei preenchida”, conta, plena de tanta cultura que teve a oportunidade de absorver. Na altura ao serviço da organização Médicos do Mundo, a hoje especialista em aquisição de talentos revisita a temporada em Maputo como quem percorre um manancial de aprendizagens. A determinada altura dessa viagem, recorda Sofia, o controlo emocional desapareceu: “Saio do carro, e começo a chorar imenso”. O momento de catarse, na sequência da exposição a testemunhos sobre violência contra mulheres, favoreceu o início de uma busca consciente de autocuidado. Onde a coragem para dizer não, e o merecimento, significam trabalho em construção. -- Bélgica, Brasil, Moçambique e Portugal sinalizam direções na rota profissional de Sofia Medina Andrade, iniciada a partir da licenciatura em Comunicação e Jornalismo.  Depois de sete anos nessa área, com experiência em assessoria de imprensa, gestão de eventos e desenvolvimento estratégico, Sofia encontrou, em 2021, um novo rumo nos Recursos Humanos. Hoje especialista em aquisição de talentos, empenha-se em promover e defender os valores da Diversidade e Inclusão. Não apenas nas empresas por onde passa, mas também aos microfones do podcast “Colour at Work”, projeto que criou para amplificar vozes sub-representadas no mercado de trabalho.
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    1:08:44
  • Maria Gorjão Henriques
    Assistimos a guerras e genocídios como se fossem obras de ficção, das quais nos desligamos quando mudamos de canal ou fechamos o jornal. Acompanhamos a crescente polarização dos debates, e habituamo-nos a repetir a palavra ódio, colada a discursos e campanhas. “Estamos num cruzamento essencial”, nota Maria Gorjão Henriques, para quem “nunca foi tão urgente honrarmos o nome da raça humana”. Facilitadora de consciência sistémica, Maria sublinha: “Ou nos permitimos despertar para a humanidade em Nós, ou nos vamos perder”.  Ao encontro de Nós, a também terapeuta, escritora e psicóloga de formação empenha-se em mobilizar a força do “Amor puro e genuíno”, lembrando que a Consciência aliada ao Amor promove Cura. Mas como alimentar este movimento de humanização da vida, quando, conforme aponta, “vivemos num mundo de embalagem, e não de conteúdo?”. Buscamos respostas neste episódio, e todas elas convocam a nossa unidade. -- Formada em Psicologia, Maria Gorjão Henriques consolidou carreira no mundo financeiro, até ao dia em que decidiu agir de acordo com o que sentia e intuía. Despediu-se, mergulhou numa série de formações na área do desenvolvimento humano e espiritual, e tornou-se facilitadora de consciência sistémica. Cerca de 20 anos depois, dedica a vida a ajudar outras pessoas a encontrarem o seu propósito, e “a fazerem o seu processo de cura emocional e da sua ancestralidade, rumo a um despertar da consciência individual e coletiva”. Para isso fundou o Espaço Amar, a Consciência Sistémica em Portugal, o Campus de Consciência Sistémica e o Lagar das Almas, além de ter criado o movimento internacional “Unidos num só Coração”. Em 2023 publicou o livro “O despertar da consciência com as constelações familiares” e, já neste ano, lançou “Relacionamentos Amorosos - O espelho das histórias e dos traumas familiares”.
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    1:36:15
  • Solange Hilário
    Tinha apenas 15 anos quando se tornou um rosto conhecido do grande público, através da participação no concurso televisivo Ídolos, para descoberta de novos talentos musicais. Hoje, aos 31 anos, Solange Hilário recorda os altos e baixos dessa experiência, com o entendimento de que todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de viver os desafios de um programa de TV do género. “Ajudou-me a crescer”, conta, sem mascarar dores nem desilusões. “Nos meus sonhos era de uma maneira”, admite, defendendo que conhecer a realidade permitiu-lhe compreender, livre de deslumbramentos, alguns processos de ruptura por que passam os artistas. Apesar das inúmeras pressões para caber numa caixa artística mais vendável, a hoje designer de interiores não se deixou "embrulhar" num destino que não sentia seu. Dona e senhora das suas escolhas, Sol considera que, a par do apoio familiar, sempre teve muita sorte com as pessoas que a acompanharam. Como Manuel Moura dos Santos, que, aos 16 anos, a protegeu do assédio de uma revista masculina para posar nua. -- Mestre na arte da reinvenção, Solange Hilário iniciou-se na música, ainda adolescente, mas a sua força criativa não permitiu que ficasse presa ao frenesim da agenda de espectáculos, inaugurada a partir da  participação no concurso televisivo Ídolos. Multifacetada, Sol – como é carinhosamente tratada por familiares e amigos – também deu cartas na apresentação televisiva e na representação. Aliás, ainda hoje é reconhecida pelo papel que interpretou na novela angolana “Windeck”, experiência que lhe permitiu mergulhar fundo nas suas raízes angolanas. Hoje dedica-se inteiramente ao design de interiores, área na qual se especializa, através da marca Solange Interiors. Tem 31 anos, é natural de Matosinhos, casada e mãe da Sara, uma menina de 8 anos.
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    1:18:46
  • Jonathan Ferr
    Sem filtros, Jonathan fala sobre como a espiritualidade ajudou a dissipar o ceticismo e trouxe uma nova compreensão da vida, focada no processo, e não na ansiedade de resultados. Com uma visão única, Jonathan Ferr desconstrói ideias pré-concebidas sobre prosperidade e revela a importância de estar rodeado de pessoas que também vibram em abundância. “Quanto mais me desconheço, mais quero aprofundar no ser chamado EU”, afirma, num diálogo que nos convida a repensar o que significa realmente prosperar.Jonathan reflete ainda sobre a prática diária da gratidão, não apenas pelo presente, mas pelo que ainda está por vir, como um exercício essencial para viver em prosperidade. Para ele, prosperar é encontrar alegria no processo, abraçar o inesperado e reconhecer a sacralidade da jornada. Com a influência do budismo, aprendeu a agradecer em vez de pedir, assumindo a abundância como um estado de consciência. Esta conversa inspiradora é um convite a mergulhar na profundidade do autodesconhecimento e a abraçar uma visão mais ampla e plena de prosperidade. Nascido em Madureira, no Rio de Janeiro, Jonathan Ferr cresceu rodeado pela riqueza cultural urbana que moldou a sua paixão pela música. Foi nesse ambiente que, ainda jovem, encontrou no piano a ferramenta para transformar o jazz, fundindo-o com hip-hop, R&B e música eletrónica, criando o conceito de urban jazz. Determinado a democratizar o género, destacou-se com álbuns como Cura e Liberdade, marcando a sua ousadia e inovação no panorama musical. Hoje, Jonathan é reconhecido não apenas pelo talento ao piano, mas também pelo impacto cultural que promove. Divide-se entre grandes palcos, como o Rock in Rio, e palestras sobre espiritualidade e inclusão, mantendo a essência das suas raízes em Madureira, enquanto inspira novas gerações a romper barreiras através da música.
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    44:36

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Sobre O Tal Podcast

Um espaço onde cabem todas as vidas, emocionalmente ligadas por experiências de provação e histórias de humanização. Para percorrer sem guião, com uma pessoa convidada a cada semana, sob condução de Georgina Angélica e Paula Cardoso.
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