O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um ...
Olivier Bonamici: “Portugal está a tornar-se menos tolerante. Há coisas que gosto e que não gosto. Mas amo este país e quero morrer aqui”
Jornalista multifacetado, viaja do ciclismo ao futebol, passando pela política, sempre com um estilo muito próprio e inconfundível. Atualmente, a SIC, Eurosport e Rádio Renascença são algumas das casas onde podemos vê-lo e ouvi-lo. Veio para Portugal em 1995 por amor. “Quando cheguei não conhecia nada do país nem sabia falar a língua. Vim com uma namorada que era portuguesa.” Começou por viver num abrigo de pessoas com deficiência visual. “Era a forma de ter um sítio onde dormir nesses primeiros tempos.” Ajudava-os em todas as tarefas e ainda hoje fica emocionado quando recorda esse período. Está neste momento a tratar do pedido de nacionalidade portuguesa, mas tem sido um processo travado por muitas barreiras burocráticas. “Portugal está a tornar-se um país menos tolerante. Há coisas que gosto e outras que não gosto, mas amo este país e quero morrer aqui.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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50:56
Pedro Azevedo: “Schmeichel queria que eu me calasse quando narrei o golo do Costinha. Estava com cara de quem comeu e não gostou”
São quase 40 anos de carreira e mais de 2500 narrações de jogos de futebol entre rádio e televisão. Pedro Azevedo é um dos narradores em atividade mais antigos do país e tem marcado presença nos principais palcos do desporto português e internacional: “Tenho cinco campeonatos do Mundo, outros tantos da Europa e três finais europeias”, revela. A larga experiência levou-o escrever o livro técnico “Relato de Futebol – narração na rádio, tv e internet”, editado pela Bluebook, como forma de partilhar o seu conhecimento. Na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em 2004, o FC Porto, então orientado por José Mourinho, deslocou-se a Old Trafford. Os dragões estavam em desvantagem até que Costinha, já nos minutos finais, marcou o golo que ditou o afastamento dos ingleses: “Relatei o golo com muita emoção, mas o senhor Peter Schmeichel não gostou.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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49:25
Vasco Duarte: “Sporting dá-se mal com a bazófia, funciona melhor quando parte como underdog”
Afirma-se muito supersticioso em relação aos jogos do Sporting e está a viver com alguma apreensão o início de João Pereira como treinador dos leões. “Sou daqueles muito pessimistas. Ainda agora, com estes maus resultados, disse ao meu irmão que já havia muita euforia.” É daqueles adeptos que diz preferir saborear as vitórias com alguma moderação. “Historicamente, o Sporting é um cube que se dá mal com a bazófia. Sempre se deu bem como underdog e agora, se pudesse dar uma tática aos adeptos, era mesmo para diminuir essa bazófia.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:00:43
Paulo Baldaia: “Com o Pepe a jogar, o Benfica não teria dado 4-1 ao Porto e não sei se o Sporting ganhava”
Foram muitas as mudanças no FC Porto da última época para esta. André Villas-Boas venceu e tornou-se presidente, Vítor Bruno é o novo treinador e saíram vários jogadores importantes. Um deles, o capitão Pepe. Paulo Baldaia não tem dúvidas de que Pepe ainda seria um jogador importante na equipa: “O FC Porto tem belíssimos centrais, mas comete muitos erros na defesa porque falta alguém com essa inteligência e conhecimento do jogo. Isso resolvia-se com o Pepe ainda a jogar mais um ano. Desconfio que com o Pepe a jogar, o Benfica não teria dado 4-1 ao FC Porto e não sei se o Sporting ganharia.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
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1:07:23
Rui Couceiro: “Já desafiei Ruben Amorim várias vezes para fazer um livro. É um indivíduo benigno para o futebol e nunca vi ninguém assim no contexto português”
Nortenho e sportinguista. Rui Couceiro nasceu no Porto, mas o seu coração sempre pendeu para o Sporting. “Gostava muito de jogadores raçudos como o Oceano ou o Sá Pinto”, confessa. Revela que a fase recente dos leões foi das mais marcantes que teve como adepto e não esconde a vontade de lançar um livro sobre Ruben Amorim: “Ele não me deixa mentir. Desafiei-o muitas vezes. A última foi agora quando soube que ele ia para o Manchester United. Ele foi como é publicamente. Muito simpático, cordial e educado, mas recusando sempre.” Rui Couceiro afirma que nunca viu ninguém com esta postura no futebol português: “Adoraria fazer a sua biografia porque é um individuo benigno para o futebol e personifica tudo aquilo que este desporto deve ser.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.