A aula de educação sexual a que os avós faltaram (mas da qual precisam muito!)
Soam os alarmes! No mundo ocidental, as doenças sexualmente transmissíveis crescem entre a população com mais de 55 anos, revela o The Economist, superando os mais jovens. O assunto, apesar de delicado, merece uma Birra de Mãe porque, afinal, esta é a geração dos avós que, felizmente — e graças aos medicamentos, dizem os especialistas —, ganhou anos de vida e se sente com direito ao amor e ao prazer. Mas é, também, uma geração que faltou às aulas de educação sexual e nunca prestou grande atenção às campanhas de prevenção, julgando que não lhes diziam respeito. Não é uma conversa confortável, queixa-se a mãe destas Birras, mas a avó insiste em tê-la, porque é importante e é urgente derrubar os tabus, sobretudo quando esses tabus põem em perigo grave a saúde não só do próprio, mas de terceiros. Não deixe de nos ouvir e de partilhar connosco a sua opinião.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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9:56
Mais respeito pelos amores dos adolescentes!
É tempo de ir buscar os seus antigos diários e cartas de amor, ou mesmo as fotografias daquelas férias de Verão em que se apaixonou pela primeira vez. A instrução é de que revisite estas memórias, mesmo que sinta alguma vergonha de si mesma, porque recordar como os primeiros amores foram profundos e sérios impede-nos de desprezar as paixões dos nossos filhos ou netos. Ou de desvalorizar os seus desgostos (por favor, por favor, não diga que ele não a merece ou que há mais peixes no mar!). Em véspera de Dia dos Namorados, e apesar de, aqui pelas Birras de Mãe, nenhuma das duas ser grande adepta de romance com dia e hora marcado, falamos sobre o amor dos mais novos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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15:08
Avós, não somos barrigas de aluguer!
Nunca, como hoje, os pais esperaram tanto tempo para se tornarem avós. Os filhos casam muito mais tarde e adiam a primeira gravidez para perto dos 40 anos, o que era inimaginável há uma geração. Percebe-se, por isso, que a notícia de um “teste positivo” os deixe em polvorosa, focando toda a atenção no neto que aí vem, de tal forma que podem esquecer-se da mulher que o tem dentro de si. Da mãe que, ainda por cima, provavelmente nessa fase está enjoada, nervosa e com as hormonas aos saltos, a precisar de colo e de ser assegurada de que vai tudo correr bem. De ter espaço para se queixar (desejar um bebé é uma coisa, gostar de vomitar duas vezes por dia durante três meses, outra!), para se sentir insegura e com medo, sem que os pais/sogros pareçam indiferentes aos seus estados de alma porque, afinal, o que importa realmente é o “produto final”. Sim, parece exagerado, mas há momentos em que as mães se podem sentir vistas apenas como uma barriga de aluguer para os sonhos dos outros. O assunto merece decididamente uma birra.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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10:29
A única forma de ser boa mãe é ser (às vezes) péssima mãe!
O estúdio do Público, onde se gravam estas birras, é ideal para confissões e, desta vez, é a filha/mãe — de quatro filhos, recorde-se — que decide colocar as cartas na mesa. Diz que, ao longo do tempo, percebeu que a única forma de ser boa mãe é ter momentos em que é péssima mãe. Insiste: “Não basta ser medíocre tem de ser péssima, mesmo”. "Mas isso não causa culpa?", pergunta a avó/mãe. É claro que sim, mas compensa. Dá um exemplo: “O Milka é meu, meu, e só meu!” Diz que é capaz de tirar o pão da sua própria boca para o dar aos filhos, que podem contar com uma mãe que se desdobra para os ajudar em tudo, mas que passa a louca egoísta se lhe tentam tirar o chocolate. Pior, rouba o dos filhos. Mas confessa mais, e a avó, entusiasmada com esta certeza de que não é assim tão terrível ter estas manias no meio de tantas coisas que damos aos nossos, também embarca na enumeração destes pecados sem arrependimento. Oiça a nossa Birra, ria connosco e partilhe as suas resoluções de “má mãe” ou de “má avó”. Garantimos-lhe desde já a nossa absolvição.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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6:38
Mães sobrecarregadas têm mais dificuldade em competir profissionalmente
Os tempos mudam, mas a divisão das tarefas em casa e com os filhos continua a caber mais do que maioritariamente às mulheres. Quem cozinha diariamente? Em 65% das casas portuguesas são elas, e em 78% são também elas quem lava e passa a ferro a roupa. São as mães que maioritariamente vestem os filhos pequenos, que os deitam, que os levam ao médico, que ficam em casa quando estão doentes. E por aí adiante, diz o Instituto Nacional de Estatística. E se isto não é assunto para birra, não sabem o que é! As consequências deste duplo emprego não são apenas um cansaço imenso, mas também a dificuldade de avançar na carreira e obter uma melhor remuneração. O que vai ser mais difícil ainda quando uma das áreas em que as mulheres estão a ficar para trás é a das competências digitais/Inteligência Artificial, com tudo o que isso implica para a sua vida profissional. Surpresa — quando os especialistas foram descobrir porquê, chegaram à exacta mesma conclusão daquela a que qualquer mãe que gaste dois minutos a reflectir no assunto chega: falta de tempo! Falta de tempo para aprender, com tudo o que a aprendizagem implica, de tentativa e erro. Basta ver as estatísticas acima para ter a certeza de que as mulheres têm mais que fazer – literalmente. A solução passa por uma divisão mais justa do uso do tempo, mas não basta apontar o dedo aos homens. Nós também temos de mudar. Precisa mesmo de ouvir o episódio de hoje.See omnystudio.com/listener for privacy information.