#41 Rute Ferreira - Digital Media
Tive uma conversa fantástica com a Rute Ferreira, Business Advisor da Havas Media, sobre Digital Media
Entende-se por Digital Media, ou Meios Digitais, qualquer interface que nos possa conectar a algo mais, que gera uma experiência que traz valor acrescentado para os utilizadores e para as marcas. Quando perguntei à Rute o que incluía dentro dos Meios Digitais, referiu a importância de primeiro sabermos os objectivos da marca - os macro são normalmente awareness, engagement e performance. Sabendo os objectivos, activamos diferentes media para atingir os resultados, e utilizamos por exemplo o search, display, gaming ou social media. Sendo que os meios digitais estão a evoluir para algo muito maior, porque queremos ir à procura das audiências para entregar a mensagem certa no momento certo, em diferentes touchpoints dentro do digital, seja no Facebook, Instagram, navegar no Sapo ou ler as notícias numa app do Expresso Online. A Rute deu exemplos de como é possível encontrar o utilizador em vários momentos de lazer ou consulta de informação e trazer valor, respondendo às suas necessidades: quando ele está à procura dar-lhe a resposta através do search, quando está a navegar trazer awareness e dizer-lhe “tenho aqui uma marca ou produto de acordo com aquilo que tu costumas navegar”, ou dar-lhe conteúdos feitos a pensar nele recorrendo a native advertising ou influenciadores
No meio desta panóplia de digital media, quão importante é a parte estratégica, que meios devemos usar ou não usar, que passos devemos dar para estar a planear da forma correcta?, questionei. A Rute vê o digital integrado num plano de marketing, para abarcar todo o panorama e integrar em diferentes objectivos dentro do consumer journey. Por exemplo, para um objectivo de awareness, podemos combinar o digital com outros touchpoints: fazer activação na rua, wifi ligado, colectar data e depois re-impactar essas pessoas que foram contactadas na rua com mensagens de display apropriadas
Referiu que é muito importante acompanhar o consumer journey e integrar o digital com outros touchpoints para cumprir um objectivo. Mencionou modelos de marketing como o ciclo, ou o funil, que começa com awareness, consideração e termina na parte de recrutamento, ou compra, e diz que o digital deve fazer parte de qualquer ciclo, porque podemos responder num só ponto ou passando por todos os pontos. É errado pensar que o digital resolve todos os problemas de uma marca, devemos combinar várias opções e trabalhar de forma 360, rematou
Perguntei à Rute como é quem está a começar por exemplo com anúncios no Facebook ou Instagram não se perde no meio deste mar de opções e dá passos certeiros. Estabelecer uma matriz, fazer um exercício académico de objectivos a curto, médio e longo prazo, analisar as opções que temos e que formatos cumprem os objectivos, fazer um plano de marketing, um plano de conteúdos especificamente, e testar e medir - são estas as recomendações da Rute
Testem um ou dois formatos em simultâneo e vejam o que tem melhores resultados e foquem-se nesse formato, aconselhou
Não podia deixar de perguntar sobre Programmatic, que é uma táctica de activação dentro do display advertising cada vez mais falada. A Rute diz que tem vantagem na medida em que segmentamos para quem já tem interesse ou vamos a procura de audiências que tenham certo tipo de comportamento. Por fim, considera que o futuro passa pelo programmatic, e que o grande desafio, mais do que a táctica é a data, saber quem são os utilizadores que estão por detrás daquela navegação. O ideal é ter uma visão total sobre o consumidor e é para lá que caminhamos