Noiserv (parte 2): “Não sou melancólico com o passado, nem iludido com o futuro. Embora ambos me afetem, sou bastante do presente”
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o músico David Santos, mais conhecido por Noiserv, fala do lugar da vulnerabilidade e da insegurança nos seus caminhos da criação, de como tem sido compor temas para o cinema e teatro, e revela como o amigo e realizador Miguel Gonçalves Mendes o levou a ultrapassar uma certa barreira e a dar o passo de começar a compor em português. E ainda toca um pouco do tema “O Palco do Tempo”, que integrou o premiado filme “José e Pilar”, partilha as músicas que o acompanham, deixa algumas sugestões culturais e revela algumas das suas atuais inquietações e sombras. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Noiserv (parte 1): “A minha missão enquanto músico é a de fazer parar o tempo e provocar momentos de contemplação e de beleza nos outros”
Noiserv, o nome da banda de um homem só, alter ego de David Santos, a quem também já chamaram “o homem-orquestra”, celebra 20 anos de palcos musicais com um novo disco, que ainda não tem nome, mas no próximo dia 16 de maio será conhecido o novo single deste álbum. O músico revela que quando termina uma música, só acredita no seu fecho se algures no processo chorou com ela. “Só dessa forma sinto que ela chegou ao lugar certo”. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Nuno Cardoso (parte 2): “O teatro é como a heroína, deixa-nos agarrados para a vida. Mas é uma droga benéfica, não nos anestesia, questiona-nos”
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o ator e encenador Nuno Cardoso revela quais as personagens hediondas mais gostava de levar a palco e quais as causas sobre realidades tenebrosas mais importa lutar. No caminho desta conversa, regressa à sua infância, em Canas de Senhorim, faz uma comovente declaração de amor à sua Avó Flora, fala dos pais retornados de Moçambique, com uma mão à frente e outra atrás, e critica a cobardia do país ao não refletir mais sobre as feridas da Guerra Colonial em África. Depois conta como o teatro se atravessou na sua vida quando estudava direito em Coimbra e como foi dirigir durante seis anos uma instituição com muita talha dourada, o Teatro Nacional São João, no Porto. E revela a fase atual 'de luto' depois da sua saída. No final dá-nos música, diz um excerto de Hamlet e partilha algumas sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Nuno Cardoso (parte 1): “Os homens hediondos têm uma profunda insegurança, solidão, raiva e ódio. E têm uma capacidade imensa de se iludir ao espelho de que têm razão e que são boas pessoas”
Quem são os atuais homens hediondos? Criaturas de mundos distantes dos nossos, como Andrew Tate, Putin, Trump, Bolsonaro, Elon Musk? Ou pessoas comuns, com quem nos relacionamos todos os dias? O ator e encenador Nuno Cardoso, que foi nos últimos seis anos diretor artístico do Teatro Nacional São João, no Porto, regressa a cena, de 2 a 4 de maio, no Teatro Variedades, em Lisboa, com “Homens Hediondos”, onde interpreta um homem com certos comportamentos horrendos, que tendem a ser normalizados e glorificados na sociedade. Alguns destes homens tenebrosos irão agora a votos nestas legislativas? Nuno responde. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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António Costa Silva (parte 2): “O pirilampo usa a escuridão para se iluminar. E em toda a escuridão que existe, nós podemos ser sempre pirilampos”
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o antigo ministro da Economia, António Costa Silva, fala de como o seu último romance “Desconseguiram Angola” é um grito de revolta e uma denúncia dos horrores da guerra, em todas as latitudes e geografias. Depois deixa críticas ao poder angolano e dá conta de como os sonhos roubados na sua juventude podem ser resgatados. E ainda fala de como conheceu o amor da sua vida, a Luísa, partilha músicas e sugestões culturais, revela o que anda a escrever e lê um excerto do livro de ficção científica “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury. E mostra-nos como a literatura é, por vezes, um oráculo sobre os tempos distópicos que vivemos. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser